Assisti inúmeras vezes Monstros S.A. O filme com vários bichinhos engraçados cheios de iluminações, cores e uma música maravilhosa faz a gente viajar pelo mundo infantil. O mais terrível monstro James P. Sullivan é espetacular todo azul e lilás, para mim Mike Wazowski o monstro verde de um olho só, rouba a cena e as crianças, principalmente Boo nossa heroína, adoram ver aquele ser divertido e sempre elétrico, antenado no movimento.
Bom tudo isso é nítido. Sei que o filme de 2001 dos diretores Peter Docter e David Silverman foi e é um sucesso, mas vou tentar aqui, mesmo que tardiamente passar a idéia do que penso desse conto infantil.
Tudo em “paz” em Monstrópolis, as crianças humanas distribuindo energia para a cidade com seus gritos pavorosos. Os monstros sendo treinados pelo único dono da fábrica e também com domínio total de Monstrópolis, tudo e todos felizes, trabalho não falta e tudo está sob controle, TV, outdoors com propaganda da fábrica e seus patrocinadores pela Monsters. Inc., enfim o trabalho não pode parar, pois é o negócio. Quem não colabora e sai mal na atividade é ignorado, como aquele não deu certo e “contaminou” o ambiente. Basta uma fraqueza ou um pequeno pé de meia nas costas, fora, banido. A tropa de segurança também tinha o incentivo da Monsters. Inc, uma beleza e um comandante feliz.
O assustador Sulliver é trapaceado. Em Monsters. Inc também há a disputa pelo poder e quem ocupa o melhor ranking ganha o “carinho e afeto” do chefe. Só que nessa guerra do mal, alguém desperta e percebe a maldade dessa proteção. Descobre que as crianças não passam de vítimas do mal existente. Então o assustador Sullivan, passa de monstro mais terrível para o gatinho de estimação e topa com a cruel realidade, que não há necessidade de grito, medo e pavor e sim sorriso, ternura e como é doce ouvir o canto. Cabe ao pavoroso Sullivan sacudir a realidade junto ao fiel escudeiro Pança, isto é, Mike, dizer para Monstrópolis que é possível aceitar as crianças, pois elas são puras e simples.
Assim o filme desenrola na mais esplendorosa trama, a porta se transforma em porta do mundo e é através daquela porta está à solução. O medo é quebrado pelo tocar, o grito pelo sorriso. Descobre-se que possível levar uma vida normal.
Nazaré Braga
01/03/2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário