2 de março de 2008

O Tempo

Sinto uma sensação diferente quando leio algo sobre o tempo. Algo calado e calejado pela espera, para o tempo determina a paciência e ela impera. Só ele sanará dúvidas, pois com sua sabedoria silenciosa caberá ao tempo às minhas e suas indagações.

O tempo como senhor da história.

Na Bíblia já se fala da diferença do tempo de Deus e dos homens. Em Dostóiesviki (Os Irmãos Karamazov), o tempo e lembrado como alguém soberano. Fecho aqui com a melodia de Rilke. Tenho certeza que mais, muito mais escritores, amantes e amados suspiraram pela demora ou agilidade do tempo.

Ele determina, aponta e impera. O tempo!

“O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade”. (Rainer Maria Rilke)


Nazaré Braga
02/03/2008

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