Há quem aviste o tosco e o feio
E por trás existe o azul sem fim
Há quem fale mal do amarelo
Mas o ouro não é tão amarelo?
Há quem mire o cinza
Encobrindo um azul tão anil
Há quem descobre a beleza do voo do pássaro
Avistanto o rastejo do homem
Há quem descubra o amor
Há quem o torne obsessão
Há quem o liberte
Mas ah, esse saberá o tom da liberdade!
Há quem mire no arco-iris
Sem tamanho sua beleza
E o ouro pode não estar no fim
Às vezes apenas onde ele nasce
Há quem descubra que a vida é curta
E queira voltar ao seu ideal
Há quem queira a pujança
Mas é no oposto que se ajeita o prumo.
Há quem descobre que o momento é esse
Com o amarelo, o cinza, o vermelho
E infinitamente o azul!

Um comentário:
O momento é sempre esse: dos homens e mulheres presentes, da vida presente!
Acho que a ultima frase é de um verso de Drummond.
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