29 de janeiro de 2014

O Rio e a Montanha

Sempre ouvi falar em oportunidades
E que as oportunidades estão dentro de você
Mas as oportunidades tem a ver com maturidade
Maturidade que pode nunca chegar
Ou aparece precocemente
Vejo-as, pego-as e elas teimosas escapam
- Ó jovem não chore!
O peso da sua idade não tardará
Que às vezes não chegará
Mas mesmo que traçaste um destino
Lá na frente o rio faz uma curva
E teima em desaguar em outras fontes
Era aquele destino?
Não!
Ela teima, teima e segue seu curso
De repente o Homem faz represa
E ele lindamente teima
Em desaguar
A grande lição
É em deixar o rio correr
Que ele corra na sua solidão abaixo
Curvas, entrocamento sempre existirão
Mas ao chegar nas espraiadas
Olhará para frente 
E lá estará ela
A chance de olhar para a montanha
E saber que o rio silenciosamente 
Sorri e segue
E você vai escalar 
Montanha arriba
Seu destino não era remar?
Não.
Era escalar.

2 comentários:

Joca disse...

Poema reflexivo. Ou a guerreira se dispondo para a luta! Em frente, naza!

Nazaré Braga disse...

Obrigada nobre Joel, abraços!