15 de outubro de 2014

A Paulista e a Consolação

Hoje fui de metrô ao centro de São Paulo e pus meu pensamento no cruzamento das linhas do metrô: Verde e Amarela. 
A Linha Verde desfila pela Paulista e a Linha Amarela pela Consolação seguida da Rebouças. 
Ambas tem um ponto em comum que é no encontro da Avenida Paulista, isto é: Metrô Consolação e na Rua da Consolação que é o Metrô Paulista. 
Uma caótica agradável que só com a "matutez" paulistana poderia decifrar o enigma.
Para ligar uma na outra tem um túnel gigante, que eu na minha pequenez em engenharia, não saberia descrever como aquilo coube ali, pois tudo já era muito apertado e é claro que como tudo em São Paulo tem que ser exagerado, o túnel é imenso.
Desci às escadas rolantes, desci mais um pouco e mais um pouco. 
Lembrei-me do meu encontro há muitos anos com Júlio Verne - Viagem ao Centro da Terra.
Depois pus observar os traços das pessoas, sisudas feito Casmurro. 
Que muito apressadas trancavam seu rosto e faziam daquela caminhada um mecanismo quase sincronizado. 
O metrô se abriu e as pessoas correram.
Talvez porque um começou a correr e o outro também correu. 
E eu segui para o Centro.
O Centro, já no pé da Rua da Consolação tem seus problemas crônicos meio enjoado, meio viciado e meio fedido.
Mas para mim o centro me acalanta com sua sabedoria intrínseca e imponente.
E quando as escadas se abriram vi a minha frente a República, mais sorridente possível.
"Ela me faz bem ao meu coração.
E o essencial é invisível aos olhos." 
(Antoine de Saint-Exupery - adaptado)

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