Eu era bem menina quando percebi que na rádio da casa da vizinha soava uma voz muito bonita que transitava de um grave para um agudo absurdo. Corri o terreiro da casa branca, entrei no portão alheio, encostei num canto da parede de barro amarelo e com os olhos semi-serrados apenas ouvi. Era "Travessia".
O tempo foi passando e aquela voz penetrava mais e mais. Eu cá pensativa já entendia que a vida não era só correr daqui para lá que tinham lutas e conquistas, benfazejo e desamor. E naquele momento, ele Milton, não encontrava vida em "San Vicente" e que por mais que eu quisesse encontrar um entendimento daquela dor, na dor de Milton, ecoou forte em mim "um sabor de vidro e corte".
Já na esquiva fui descobrindo que a vida é feita pra quem quer crescer. Que não é necessário perguntar "pra onde vai a dar a estrada" que é necessário seguir e traçar um caminho. Que olhar pra trás causa desatino e o melhor a fazer é seguir. Ali estava "Fé cega, faca amolada".
Segui um pouco adiante e tentei afogar a saudade da casa branca. Precisava seguir e seguir rumo aos túneis da cidade grande, meio mocinha e meio ingrata. Fazendo do caminho aquela trilha. Percebi que vivia meus "Encontros e minhas Despedidas".
Caminhei pela minha fé e pela esperança. Aprendi com um amor puro, único, sincero e acima da gente. Encontrei uma menina. Topei com o mito e com a bondade e também com a maldade. Descobri a conquista. Assustei com a violência e sofri com a ganância. Era o "Amor de índio.
E no que era solidão encontrei-me. Transformou-se numa solicitude e na resposta para a minhas buscas. A minha filosofia. O meu entendimento. Eu estava no meu "Cais".
Segui um pouco adiante e tentei afogar a saudade da casa branca. Precisava seguir e seguir rumo aos túneis da cidade grande, meio mocinha e meio ingrata. Fazendo do caminho aquela trilha. Percebi que vivia meus "Encontros e minhas Despedidas".
Caminhei pela minha fé e pela esperança. Aprendi com um amor puro, único, sincero e acima da gente. Encontrei uma menina. Topei com o mito e com a bondade e também com a maldade. Descobri a conquista. Assustei com a violência e sofri com a ganância. Era o "Amor de índio.
E no que era solidão encontrei-me. Transformou-se numa solicitude e na resposta para a minhas buscas. A minha filosofia. O meu entendimento. Eu estava no meu "Cais".

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