Eu herdei esse seu desejo de contar histórias.
Adorava sentar do seu lado e apenas escutar.
Os seus "causos" eram sempre bem humorados.
Eu ficava por lá, mediativa e botando vida nos seus personagens.
Meu pai fazia meus brinquedos do barro.
Aquele vermelho que sai da terra úmida.
Barro bom de tijolo, como ele dizia.
Eu era a sua companheira para as compras da quinzena na 'venda' do bairro.
Ele gostava da chuva e eu o acompanhava.
E a gente se respeitava tanto que era um amor uno e puro.
Ele sempre me tratou de meu bem.
E nos amamos com um repeito mútuo de pai e filha caçula até o fim.
(Naza_Braga - 21/11/2014)
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