Estava eu tentando decifrar o que estava sentindo e aí veio de presente:
"Você conhece os meus cadernos, não conhece? Quando eu saio montado num cavalo, por minha Minas Gerais, vou tomando nota de coisas. O caderno fica impregnado de sangue de boi, suor de cavalo, folha machucada. Cada pássaro que voa, cada espécie, tem voo diferente. Quero descobrir o que caracteriza o voo de cada pássaro, em cada momento. Não há nada igual neste mundo. Não quero palavra, mas coisa, movimento, voo."
João Guimarães Rosa
(Entrevistado por Pedro Bloch e Publicado na revista Manchete nº 580, de 15/06/1963).
Nenhum comentário:
Postar um comentário