Acabei (2:45 h) de ver o filme: Os Sete Samurais. O filme retrata uma aldeia de camponeses no Japão que periodicamente são saqueados pelos bandidos, roubam a colheita de subsistência.
Eles, todos os anos sabem que os ladrões vão chegar, se reúnem e choram, lamentam mais uma lavoura que será levada. Simplesmente esperam a desgraça. Chegam a blasfemar que não há nenhum Deus que os proteja.
Decidem consultar o vovô, um de guia espiritual da aldeia, que os orienta a procurar por quatro samurais, que aceitem o serviço apenas em troco de comida, aliás arroz. É o que eles têm de melhor.
O grupo sai e encontra um destemido e sábio; Kimbei Shimada, o mestre, onde informa ser um Ronin (um guerreiro errante). O homem é humilde. Diz que é igual a todos dali e que estão o superestimando, diz agir sozinho, pois sua capacidade é de experiência em batalha, todas perdidas.
- É isso que sou, afirma. Não aceito seguidores.
Mas o grupo conta o que se passa na aldeia e que precisa de um líder para orientar a os moradores, só que não tem nada a oferecer a não ser estadia num celeiro e 3 refeições diárias. O mestre é convencido, pois não tem interesses, brota um amor nato do Homem, o amor de um homem bom, pronto para levantar a espada e que venha o inimigo, dá sem esperar e sem receber (entrega, doação), pelo simples exercício de passar o que aprendeu. Uma demonstração viva da sua experiência. Convence outros seis samurais a enfrentar o combate. Eles aceitam e acreditam tratar-se de um aprendizado valioso. Um deles diz:
- Aceito sua comida. A amizade profunda geralmente vem com a união.
O Mestre desenha e estuda atentamente o mapa da aldeia, e vê que tem pontos não consegue cobrir, a aldeia chora, pois aquilo é o mundo deles e tudo o que construiram, parte viva, o seu País. O mestre enxerga que a montanha está vulnerável para os ladrões, totalmente aberta e a aldeira sem proteção, (poder da observação).
O mestre orienta os sete a formar os seus exércitos vivos, treinando-os (liderança e experiência).
Encontram homens com medo até do que não existe. Diz:
- Levanta a cabeça homem. Seja alguém, talvez um grande senhor da guerra, pois o tempo voa. Antes que o seu sonho se materialize, você conseguiu cabelos grisalhos. Mas nessa época, seus pais e amigos já terão partido ou morrido.
A organização é formada. Correm riscos. Sofrem com a perda dos soldados. O mestre passa constantes orientações: Egoísmo na guerra não será tolerado, aquele que pensar em si, irá se destruir também.
O Mestre orienta seus fiéis samurais:
- Porque você não construiu uma cerca lá? Um deles questiona.
- Uma boa fortaleza., precisa de uma abertura. O inimigo deve ser atraído para dentro. Se somente tiver a defensa perderemos a guerra. Precisamos reduzir um a um! A última batalha definirá o resultado.
Na batalha final, morrem quatro dos sete samurais, e o Mestre, tristemente exclama, olhando para o cemitério:
- Novamente fomos derrotados. Os vencedores foram os lavradores e não nós.
A música volta, o sol brilha, a colheita floresce. E o mestre ...
Dezembro de 2006
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