8 de agosto de 2008

O Homem, a máquina e o sorvete

Há muito tempo atrás tive a honra de assistir o filme de Stanley Kubrick: 2001, Uma Odisséia no Espaço. Um filme que retrata a evolução humana, o homem e seus primórdios, criador e criatura. Um filme que traz à tona a perfeição.

O magistral Kubrick mostra a grandeza do homem que não pode ser substituído por nenhuma máquina, nem pelo poderoso e invencível Hall. O simples desligar do botão apresenta a máxima do Criador e sua criação. A inteligência que não substitui a sensibilidade e nem a amizade que o homem pode ter pelos seus invólucros, que não existem mais, pois a imbecilidade da máquina é tão grande que extingue os que estão adormecidos.

Hoje o que a maioria das empresas buscam, são seres perfeitos, incapazes de pensar por si, criando sua máscara e cai por terra a sensibilidade. Outro dia conversando com um grande amigo meu engenheiro, ele disse que seus cálculos eram perfeitos, mas pecava no relacionamento.

Também fiz um módulo de Contabilidade Empresarial, que o grandioso professor colocou da seguinte forma: “ainda, o grande pecado das empresas é a falta de relacionamento”. Cálculo, número, computadores de bolso, constrói e sabemos que muito, pois o cálculo é fundamental, mas a empresa que perde a sensibilidade entre funcionários, coordenadores e principalmente clientes não se prospera.

O que tem a ver o sorvete com tudo isso? Tem e muito, pois hoje me causou um tremendo desconforto quando meu computador pifou, eu estava no meio de um arquivo gigantesco e que gostaria de apresentar para o superior na segunda-feira. Passei mal, peguei o metrô e quando desci na bela estação Ana Rosa deparei-me com uma sorveteria, aquilo me alegrou, aquele sabor gelado naquele início de noite dentro de uma estação de metrô, só eu poderia sentir o prazer.

Nazaré Braga
08/08/2008 – 23h43min

Um comentário:

Joca disse...

Nazaré:

A tecnologia fez com que o homem (ou mulher?) deixasse de lado uma característica que desde os primódios nos parecia inalienável: a Comunicação entre os pares. Por isso, vale a máxima: um olho no Futuro, outro no Passado ou na tradição, como queira...

Joel