25 de setembro de 2012

Um certo Paraíso - Série Crônicas


Hoje saí à procura de algo. Afinal era segunda-feira e a tal segunda nos dá o cansaço de um fim semana preguiçoso e também a sensação de integridade da semana por vir.
Lá fui eu pela segunda afora. De repente, o cartão do metrô deu: sem saldo, BLEM! Não tinha sacado. Voltar não, revirei, revirei e revirei, então lá no fundinho uma nota de R$ 2,00, êba era o que precisava pra completar.
Segui o destino e cheguei no Paraíso. Fui à maternidade lá vi uma recém-vida cheia de dobras e fui embora.
Voltei ao metrô bendito banco 24 horas nenhum  por perto. Andei e andei e uma mulher me disse que era do outro lado do viaduto.
Santa Generosa a minha frente. Cá Estou eu lamentando de preguiça de andar até um banco, olhei para o chão um bilhete novinho.
Nossa! já podia voltar. Olhei para o viaduto hum atravessá-lo? Já estava com bilhete achado, mas eu estaria só prorrogando meu problema, então resolvi atravessá-lo.
Santa Generosa era o meu destino. De cima do viaduto enxerguei a 23 de maio repleta e majestosa em movimento com seus automóveis.
No viaduto vi a copa de uma árvore lá na sua copa avistei um galho e vi uma banana descascada pela metade e toda bicada pelos passarinhos.
Pensei! Puxa que sorte a deles acharem comida boa no coração de São Paulo.
Segui caminho. Avistei uma menina cega com todas as suas dificuldades de atravessar para o outro lado. Nada fácil nessa vida sem acessibilidades.
Segui meu rumo cheguei ao dito 24 horas. Saquei. Paralisei! ]
Na minha frente uma loja de sapatos lindos em promoção. Promoção e mulher, mulher e promoção. Sapatos loucura. Eu estava literalmente no Paraíso.
Voltei pra casa bem melhor que fui. Nada com um sapatinho novo, meu bilhete carregado e apta pra começar a semana.
Podia já andar nas andanças com meus calçados novinhos.

Naza, 25/09 às 00:24

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