"Quando fala alguém grandioso e único, os pequenos têm que se calar".
Frans Xavier Kappus
Tomo para mim uma grande responsabilidade, escrever este texto sobre Rainer Maria Rilke. Fui apresentada a Rilke há dois anos por um grande amigo, através da maravilhosa obra: As Elegias de Duíno. O poema mexeu comigo pela beleza de um mundo que existe ali e é palpável e depois desaparece. O mundo que cai, continua existir dentro do coração de Rilke e ele descreve com uma beleza ímpar e coerência.
As Elegias de Duíno desde o tempo em que foi escrita é mais que uma aula de poesia, é uma evolução poética e também o lado sonhador do poeta que dá uma visão de mundo. Trata-se de ensinamentos do ser e existir, onde começa e termina a existência.
Há também de se observar nas minúcias dos lugares passados por Rilke e na sua trajetória. Um ser profundamente só perambulando por climas melhores para atender às necessidades de sua saúde, um predestinado à solidão, mas com uma sabedoria infinda e belos sentimentos.
Quando Rilke retrata a noite e seus mistérios, evidencia nossos medos internos e as batalhas que temos em nosso coração, que ao deitar da noite escura transborda para a nossa alma nosso lado imbecil, nossos porquês, nosso sim, os sonhos mais absurdos e o não do dia seguinte. Foi um belo presente.
Frans Xavier Kappus
Tomo para mim uma grande responsabilidade, escrever este texto sobre Rainer Maria Rilke. Fui apresentada a Rilke há dois anos por um grande amigo, através da maravilhosa obra: As Elegias de Duíno. O poema mexeu comigo pela beleza de um mundo que existe ali e é palpável e depois desaparece. O mundo que cai, continua existir dentro do coração de Rilke e ele descreve com uma beleza ímpar e coerência.
As Elegias de Duíno desde o tempo em que foi escrita é mais que uma aula de poesia, é uma evolução poética e também o lado sonhador do poeta que dá uma visão de mundo. Trata-se de ensinamentos do ser e existir, onde começa e termina a existência.
Há também de se observar nas minúcias dos lugares passados por Rilke e na sua trajetória. Um ser profundamente só perambulando por climas melhores para atender às necessidades de sua saúde, um predestinado à solidão, mas com uma sabedoria infinda e belos sentimentos.
Quando Rilke retrata a noite e seus mistérios, evidencia nossos medos internos e as batalhas que temos em nosso coração, que ao deitar da noite escura transborda para a nossa alma nosso lado imbecil, nossos porquês, nosso sim, os sonhos mais absurdos e o não do dia seguinte. Foi um belo presente.
Agora li, reli e reli: Cartas a um Jovem Poeta. Neste pocket, Rilke mostra a importância de um correspondente e o papel fundamental na formação de um artista jovem, passando a sua grandiosa experiência da vida e os dissabores que esta oferece.
Revela o lado misterioso e a sabedoria que se encontra na solidão, pois com o dia trará luz e sabedoria deste que se ilumina e renova no sorriso que repete. Rilke consegue descrever aquilo que nem nós mesmos não conseguimos confirmar e o porquê da nossa existência. Rilke aconcelha a fugir das cartas de amor, mas no seu conselho o descreve como ninguém.
Eu não tão jovem assim como o senhor Kappus, fui também encorajada a escrever este texto, achei grande a responsabilidade, mas repetindo as palavras de Rilke, digo:
"Caso o seu cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele, reclame de si mesmo, diga para si mesmo que não é poeta bastante para evocar suas riquezas; pois para o criador não há nenhuma pobreza e nenhum ambiente pobre, insignificante. Mesmo que tivesse na prisão, cujos muros não permitem que nenhum dos ruídos do mundo chegasse aos seus ouvidos, o senhor não teria sempre a sua infância, essa riqueza preciosa, régia, esse tesouro das recordações? Volte para ela a atenção."
Nazaré Braga
07/06/2008
Um comentário:
Naza,
Vou entender como uma boa sugestão de leitura.
Valeu pela dica !
Beijos e muitas saudades.
Andrea
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