16 de janeiro de 2015

O Tamanho da Expectativa


Hoje rodei por São Paulo. Virei as esquinas e prestei atenção nas ruas e numa senhora sorridente na fila do caixa de uma das galerias da Rua Augusta. E eu cá retribuí o sorriso, mas de repente aquela senhora cravou fortemente o olhar sobre mim e perguntou num riste: - Qual é o seu signo?
Eu hipnoticamente respondi: - Capricórnio. Ela sorriu e disse: -"é"... 

Eu fiquei com preguiça de tocar a conversa com àquela senhora, mas questionei-me internamente. - -Que raios os zodíacos torcem o nariz para o bendito signo de capricórnio?
Acho que é pelo nosso ato de surpreendê-los. Terminei a minha conclusão e toquei viagem.

Nada a ver com a passagem anterior, contudo há mais ou menos uns dois meses li um artigo em que um orientador descreve o fascínio diante de um trabalho novo e as suas descobertas do novo autor.
Eu imaginativa fui absorvendo a respiração e a expectativa daquele ser deparando com algo absolutamente novo. É muito gostoso a sensação pela estranheza do novo. Diante disso, fiz uma analogia de quando a gente sai do cinema e encantamos com o filme e fazemos várias promessas de assistir novamente. Dá uma vontade de espatifar o nosso encantamento daquela sensação deliciosa e distribuir ao vento. Ou quando a gente lê um livro e aquilo vai crescendo na memória da gente. E ali dentro da memória guardamos o nosso encantamento daquela surpresa.
Às vezes, não adianta nem contar para outra pessoa, porque o outro não está na mesma sintonia. Melhor comemorar aquela nova emoção, aquele sabor delicioso que dá na gente e apenas curtir construindo aquele ato da descoberta que se inicia.

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